sábado, fevereiro 27, 2010

Nenhum Elo




Nenhum Elo.
Delasnieve Daspet
Um dia a certeza da solidão.
Nem amigos; nem parentes, ou um amor.
Mas preciso falar, por isso escrevo,
e escrevendo, condeno-me mais e mais
à sozinhes, pois permaneço apenas espírito.
Escrevendo eu conto a minha fala,
não importa que ninguém ouça ou leia,
pois sou eu mesma quem precisa
ouvir, falar e compreender.
Ouvindo, falando, compreendendo
liberto-me dos costumes arraigados,
de hábitos desnecessários
que me tolhem o viver e o repensar.
Quebro-me contando o tempo que resta,
pensando na hora da partida...
Alguém chorará?
Alguém sentirá falta?
Como o botão de rosa arrancada
de sua haste partirei como cheguei -
sem deixar nenhum elo,
nenhum sopro de esperança....
Feneço como a cigarra, cantei,
alimentei sonhos, ri e fiz rir,
palhaça de ilusões!
DD_09-04-03 - Campo Grande MS

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