sábado, junho 30, 2012

Do tanto tempo adiado... poesia de Delasnieve Daspet

Do  tanto tempo adiado...
Delasnieve Dáspet
.
Tão singular como o vento
que sopra a terra molhada,
nunca parando;
.
Tão suave como os dedos que acariciam
os braços secos da árvore caída,
morta, ceifada de vida;
.
A tua espera foi
tão verdadeira como o sino que dobra
na velha capela.
.
Tão eu, como os olhos orvalhados,
que é como vou me lembrar,
deste dezembro dourado.
.
Tão invisível como o ar,
floresceste, amor, docemente,
em meu viver.
.
Tão difícil te esquecer, minha vida,
sem uma aparente razão,
não tenho como te tirar do coração.
.
Efêmero momento,
passagem distante, hiato de tempo,
que pára e segue buscando o nada.
.
Tanto te busquei,
tão tarde te achei,
não sabias de teu destino?
.
Mas eu te encontrei
amor de minha vida,
sem ti, tudo foi árido.
.
És meu destino, minha  luz,
não me prives  de ti...
não mais fujas, fique,
sabes como eu, sabes do aqui
e do agora, tanto tempo adiado.
DD_Delasnieve Daspet -13,50 hs - 13-12-03 - Campo Grande MS

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